![]() A Neuro-novaeducar surgiu de um projeto de compartilhar conhecimento, tecnologias e informações sobre a educação. Compartilhar nossas experiências e desafios, permeando por assuntos como o bullying, a dificuldade de aprendizagem, a inclusão e as diversas patologias que abarcam o universo escolar, colaboram para uma prática pedagógica mais significativa e condizente com a realidade que se apresenta. As pesquisas no campo da neurociência despertam um novo olhar para as especificidades do cérebro que interferem na aprendizagem. O professor vive uma sala de aula cada vez mais inclusiva, e na sua rotina enfrenta uma diversidade de desafios. Precisamos nos preparar, e compartilhar experiencias. Participe e faça a diferença... Equipe novaeducar
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“O que penso dos jovens e da educação não me permite aceitar que a escola seja uma experiência de dor”. Rubem Alves, 2001.
Educar não é ensinar os conteúdos que são aprendidos nos livros e computadores, é ter na presença constante do professor uma oportunidade de “ver” o mundo. Entretanto, lembramos muito pouco de nossos professores, mas não esquecemos dos amigos, de alguns momentos do recreio e de algumas brincadeiras. Com isso percebemos que as experiências de alegria na escola estão relacionadas às amizades, deixando de lado à alegria de aprender, de compreender e de estudar. A educação precisa proporcionar as crianças e jovens, a experiência de ver o mundo com seus próprios olhos, descobrir, experimentar, tirar as próprias conclusões das situações apresentadas, pois apenas dessa maneira farão sentido para o aprendizado. Os sentimentos e emoções precisam fazer parte do dia a dia na escola, relacionando-se com uma aprendizagem significativa. Focar mais nos acertos do que nos erros, focar mais na alegria do que na tristeza. Valorizar mais o aluno e a contribuição que ele pode dar para a descoberta do conhecimento. O professor não precisa ser aquele sujeito que detém o conhecimento, mas o que junto com seus alunos proporciona as descobertas, contribuindo para as diversas aprendizagens, respeitando a individualidade, para que todo o processo educacional seja realmente significativo para os jovens. Motivar de forma que as barreiras que separam a escola do mundo sejam transformadas em experiências. A escola precisa estar inserida no mundo dos jovens, ser um espaço de aprendizado através da alegria e curiosidade de adquirir um conhecimento relevante para sua vida. Enfim faz-se necessário que a escola acompanhe na mesma velocidade as transformações de uma sociedade em que os jovens buscam mais, exigem mais, são questionadores e não querem “perder tempo” com assuntos e conteúdos que não exprimem a realidade em que vivem, por isso o papel do professor também é importante nesse novo contexto social. A motivação tem um papel primordial na educação. O professor como mediador focado no aprendizado significativo precisa encontrar meios de fazer com que seus alunos despertem a curiosidade positiva, de forma que a alegria de aprender se instale em todo o processo de ensino aprendizagem. Assim como os alunos o professor também necessita estar sintonizado nesta mesma alegria, em função de satisfazer uma necessidade interna de prazer e valorização do seu trabalho. A cumplicidade entre professor e aluno desenvolve um vínculo ora importante neste processo. Pois ambos estão se afirmando enquanto indivíduos inseridos em uma sociedade em constante transformação, em que professor e aluno buscam incentivos internos e externos para continuar nessa jornada. Em todo esse processo tenta-se mudar o olhar de uma escola tradicional que valoriza somente os números e ou notas para especificar um desenvolvimento cognitivo. Contudo fale dizer que o desenvolvimento cognitivo não está somente dentro da escola, está na vida diária dos discentes e a escola é uma continuidade dessa rotina. O prazer de viver, de descobrir de crescer enquanto pessoa ultrapassa o muro que separa a escola do mundo. A escola de hoje precisa ser mais do que números e palavras, precisa valorizar o indivíduo e tudo que nele se faz presente, focando no positivo, focando em aprendizados significativos que não só englobem o cognitivo como também o emocional e o social. Sem emoção não se chega a lugar algum. Mais do que isso, considerar as diferenças e através delas mudar o olhar da educação, colaborar para uma escola de saberes e descobertas significativas, transformando a vida de seus alunos e tornando o espaço escolar num lugar “mágico” em que crianças e jovens queiram estar presentes e através dela descobrir a felicidade de aprender. A adolescência é considerada um período de mudanças, não só físicas, sexuais, psicológicas e cognitivas, mas também, nas demandas feitas pelos pais, companheiros, professores e pela sociedade em si. Segundo Mussen (1995) o termo adolescente vem do latim adolescere, que significa crescer para a maturidade. A adolescência começa com as questões biológicas de mudança na estrutura corporal e termina com as questões culturais, pois em algumas culturas pode ser breve, saindo da infância e assumindo a vida adulta, em outras se prolonga por anos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente a adolescência é definida como uma etapa da vida entre 12 e os 18 anos. Na teoria de Piaget a adolescência é uma fase que ocorre gradativamente (pensamento operatório formal). No século XVIII, Rosseau conceituou a adolescência como um período de modificações, um segundo nascimento em direção à autonomia da vida adulta. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência constitui-se num processo fundamentalmente biológico, durante a qual se acelera o desenvolvimento cognitivo e a estruturação da personalidade. Um momento da vida, um período de transição entre a infância e a vida adulta, entre a dependência e a maturidade.
Atualmente nossa sociedade vive uma pluralidade cultural e social, visto que para alguns jovens de família de baixa renda a “adolescência” envolve responsabilidades, trabalho e despesas domésticas, apesar dos conflitos internos característicos da adolescência, em contrapartida, jovens de classe média alta, permanecem na casa dos pais por mais tempo, prolongando a adolescência. Para cada jovem uma realidade diferente, todavia para cada fase da vida há perdas e ganhos penso que, como a adolescência é um processo biopsicossocial, envolve a pluralidade em que o sujeito está envolvido, mas quando a identidade se consolida juntamente com a maturidade, e em paralelo o físico já se estabilizou e permanecerá até o início da terceira idade, inicia-se então a fase adulta. Percebe-se então uma estabilidade emocional e objetivos característicos da fase adulta, como por exemplo, as afinidades e relacionamentos. Cada fase contempla expectativas diferentes com relação à própria vida. No Transtorno Obsessivo Compulsivo o emocional sobrepõe a razão. Desta forma mesmo a criança totalmente consciente do ridículo de suas atitudes, parece não ter forças para controlar seus impulsos.
TOC é um transtorno de ansiedade com uma base neurobiológica. Esta condição cerebral afeta o modo como as crianças e adolescentes pensam. Caracteriza-se por obsessões e compulsões que ocupam uma quantidade considerável de tempo do portador e interferem nas suas relações familiares e sociais. Obsessões involuntárias são pensamentos intrusivos, imagens ou impulsos que podem causar preocupação e temor insuportável. Para lidar com as obsessões, a pessoa que tem TOC tem de realizar atos mentais ou físicos chamados de compulsões. Compulsões são rituais repetitivos que fazem os indivíduos com TOC se sentirem melhor quando realizá-las, mas o alívio é apenas temporário. Alguns portadores não se sentem ansiosos e outros nem sequer têm pensamentos obsessivos, mas sim um desejo incontrolável, um sentimento de ter que realizar rituais. Atualmente, não há cura para o TOC sendo este uma condição crônica. No entanto, tal como crianças com asma, alergias ou diabetes que aprendem a gerir as suas condições, as crianças com TOC podem aprender a gerir as suas obsessões e compulsões com o tratamento certo - e de apoio educativo Crianças, por vezes descrevem suas obsessões como "maus pensamentos" ou receios ou preocupações - e por vezes eles têm muita dificuldade de colocar em palavras o que está incomodando eles. Em alguns casos, as crianças apresentam sintomas de TOC num ambiente, mas não em outro - por exemplo, os sintomas aparecem, em casa, mas não na escola. Algumas crianças e adolescentes conseguem suprimir ou esconder seus sintomas, porque eles temem punição ou ridicularizarão em casa ou na escola. Em ainda outros casos de TOC, uma criança ou adolescente é incapaz de evitar ou resistir às compulsões que "desfazem" os maus pensamentos e os fazem se sentir melhor temporariamente. Alguns sintomas:
Escovar dentes Tomar banho
Ler a mesma revista, jornal ou livro.
Arrumação de brinquedos.
Contar azulejos, pisos em ladrilhos
Na arrumação de brinquedos Normalmente, essas “manias” obsessivas consomem muito tempo, gerando angústia e ansiedade tanto para a criança quanto para seus familiares Não se sabe exatamente o que provoca TOC. Pesquisas têm apontado fatores neurobiológicos incluindo a predisposição genética e fatores psicológicos (aprendizagens errôneas e crenças distorcidas) como influenciadores do aparecimento e da manutenção dos sintomas. Algumas crianças e adolescentes podem, também apresentar sintomas do TOC resultantes de infecções por bactérias estreptococos. Os pais muitas vezes se culpam, ou querem saber o que eles fizeram de "errado" para causar esse problema desolador. Mas a culpa não é dos pais. Os pensamentos repetitivos e os sentimentos desagradáveis do TOC podem ser devido a problemas na comunicação entre certas áreas cerebrais. Ainda não está claro qual seria a natureza destes problemas ou a causa, mas produtos químicos no cérebro (tais como a serotonina) podem estar envolvidos. Os tratamentos mais frequentemente utilizados para o TOC são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e/ou medicamentos que inibem a recaptação de serotonina e que atuam para reduzir a ansiedade. Para algumas crianças e adolescentes, associar estas duas modalidades de intervenção pode ser a forma mais eficaz de tratamento. Um estudante portador de TOC e que não está recebendo tratamento pode vivenciar momentos difíceis na sala de aula ou para completar suas tarefas em classe ou em casa. O TOC pode provocar extrema ansiedade, que, às vezes, pode realmente sobrepujar o aluno. Crianças e adolescentes podem descrever o sentimento crescente de ansiedade como se fosse uma subida ou um vulcão prestes a entrar em ebulição - e o alívio só chega quando a pressão é liberada. Infelizmente, o alívio é normalmente um comportamento compulsivo que pode ser extremamente perturbador para a aprendizagem do aluno e, possivelmente, para a sala de aula. Não só o TOC pode afetar negativamente o desempenho acadêmico, mas também pode ter efeitos devastadores para uma pessoa em sua capacidade de interagir adequadamente com os outros. Como resultado, as oportunidades de amizades e diversão podem ser perdidas e a autoestima pode ser negativamente afetada. A juventude é um momento crítico para o desenvolvimento de habilidades sociais e de relacionamentos e o TOC pode ser um bloqueio de importantes progressos no desenvolvimento afetivo e social. As crianças devem ser encorajadas a controlar os comportamentos socialmente inaceitáveis sempre que possível e a tentar substituir as condutas inaceitáveis por outras socialmente aceitáveis. Mesmo que o TOC não esteja funcionalmente prejudicando no cenário escolar, saber que o professor está ao seu lado ou que o ambiente escolar é livre de estigma pode fazer uma diferença positiva e real para o portador e sua família. O primeiro passo para ajudar um aluno portador é reconhecer que o transtorno pode estar presente em suas atitudes. Referências: KAPLAN & SADOCK; Manual de Farmacologia Psiquiátrica, 1993. LEVY, Daniela; Transtorno Obsessivo Compulsivo na Infância, in.Clube do Bebe endereço eletrônico: http://www.clubedobebe.com.br/, acessado em 26 de outubro de 2005. LOTUFO-NETO, F. Distúrbio obsessivo-compulsivo e Depressão.Jornal Brasileiro de Pasiquiatria, v. 42, n. 1, p. 29-32, 1993. MIGUEL, E.C. Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo: Diagnóstico e Tratamento. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1996. A origem do nome da síndrome:
Síndrome – Conjunto de características que prejudicam de algum modo o desenvolvimento do indivíduo. Down – Sobrenome do médico que descreveu esta síndrome John Langdon Down . A Síndrome de Down não é uma doença e ninguém pode falar, portanto, que a criança vai sarar com um tratamento específico. A Síndrome de Down é uma condição de vida do indivíduo, um estado biológico alterado, sempre terá essa síndrome. Até bem pouco tempo atrás era inadmissível pensar que as crianças portadoras da SD pudessem chegar a se escolarizar. Incluídas na categoria da deficiência mental, a maioria das crianças com SD eram classificadas como ineducáveis, e os professores ignoravam em grande parte o campo da deficiência intelectual. Também pode ser chamada de trissomia do 21. A Síndrome de Down é um atraso no desenvolvimento das funções motoras do corpo e das funções mentais, o bebê é pouco ativo e “molinho” (hipotonia). Entre as características físicas associadas à Síndrome de Down estão: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças, hipotonia muscular e deficiência intelectual. Em geral, as crianças com Síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico e mental são mais lentos do que o de outras crianças da sua idade. Dentro de cada célula do nosso corpo, estão os cromossomos, responsáveis pela cor dos olhos, altura, sexo e também por todo o funcionamento e forma de cada órgão do corpo interno, como o coração, estômago, cérebro, etc. Cada uma das células possui 46 cromossomos, que são iguais, dois a dois, quer dizer, existem 23 pares ou duplas de cromossomos dentro de cada célula. Um desses cromossomos, chamado de nº21 é que está alterado na Síndrome de Down. A criança que possui a Síndrome de Down, tem um cromossomo 21 a mais, ou seja, ela tem três cromossomos 21 em todas as suas células, ao invés de ter dois. É a trissomia 21. Portanto, a causa da Síndrome de Down é a trissomia do cromossomo 21. Podemos dizer que é um acidente genético. Esse erro não está no controle de ninguém. Em face de hipotonia do bebê, este é mais quieto, apresenta dificuldade para sugar, engolir, sustentar a cabeça e os membros. A abertura das pálpebras é inclinada como parte externa mais elevada, e a prega, no canto interno dos olhos é como nas pessoas da raça amarela. Tem a língua protusa (para fora da boca). Em 40% dos casos são encontradas cardiopatias. Sua estatura é baixa. Apresenta um comprometimento intelectual. Não há cura para esta síndrome, é uma anomalia das próprias células, por isso não existe meio algum de cura até o momento. Como forma de tratamento pode-se iniciar a partir do 15º dia do nascimento programas de estimulação precoce que propiciem ao bebê seu desenvolvimento motor e intelectual Quanto a aprendizagem: - Na maioria dos casos o aluno necessita de uma adaptação curricular. - O acompanhamento do desenvolvimento da aprendizagem, do emocional e da parte social, dar-se-á por meio de um relatório diário realizado pela profissional que acompanha individualmente a criança, sob responsabilidade da professora regente. - O relatório deverá contemplar o comportamento, atitudes, cumprimento dos combinados, horário de entrada no colégio, humor, atividades realizadas em sala de aula, assim como sua participação nas atividades coletivas. - Utilizar material concreto, quando necessário. - Em alguns casos apresenta desenvolvimento tardio de habilidades motoras, tanto fina quanto grossa. - Dificuldades de audição e visão. - Déficit de memória auditiva recente. - Capacidade de concentração mais curta. - Dificuldade com a consolidação e retenção de conteúdo. - Dificuldade com generalizações, pensamento abstrato e raciocínio. - Dificuldade em seguir sequências. - Utiliza-se de estratégias para evitar as atividades. - Imitação de comportamento e atitudes dos colegas e adultos. - Oscila no humor em função do ambiente em que está inserido. - Forte reconhecimento visual e habilidade visual de aprendizado. - Habilidade de aprender e usar sinais, gestos e apoio visual - Utilizar outros espaços do colégio para trabalhar conteúdos específicos como por exemplo a psicomotricidade. Referências: PUECHEL, S. – Síndrome de Down Guia Para Pais e Educadores. 4º ed. Campinas: Papitus, 1993. MANTOAN, E. T. M. Essas Crianças Tão Especiais. – Manual para Solicitação do Desenvolvimento de Crianças Portadoras da Síndrome de Down, Corde (Coordenação Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência) – Brasília, 1993. TELFORD, C. W., Sawrey, J. M. O indivíduo Excepcional - 5ª Edição BRUNONI, D.; D`ANTINO, M.E.; SCHWARTZMAN, J. S., Contribuições para inclusão escolar de alunos com necessidade especiais: Estudos interdisciplinares em educação e saúde no município de Barueri-SP, Editora Mackenzie, São Paulo, 2013. |
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