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Orientação Educacional

Autismo

2/11/2016

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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
 
             Definições:
·         O autismo é uma deficiência no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença. ( Autism Society of American Associação Americana de Autismo-ASA).
  • Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade. (CID-10 – 2000)
             Causas:
        Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral, fenilcetonúria que é uma deficiência herdada de enzima, ou a síndrome do X frágil. Além disso, pode-se admitir que tenha relação com fatos ocorrido durante a gestação ou parto.
 
 
Sintomas: Os sintomas do autista, geralmente persistem ao longo de toda a vida e são verificados através de muita observação, tais como:
  • Usa as pessoas como ferramenta, isto é, aponta objetos para que as pessoas peguem para eles.
  • Resiste a mudanças de rotina.
  • Isola-se e não se mistura a outras crianças.
  • Não mantêm contato visual com outra pessoa.
  • Age como se fosse surdo, não atendendo a chamados.
  • Resiste ao aprendizado.
  • Apresenta apego a determinados objetos.             
  • Não apresenta medo de perigos.
  • Gira objetos de maneira estranha e peculiar.
  • Apresenta risos e movimentos sem relação com a realidade.
  • Extremamente resistente ao contato físico.
  • Acentuada hiperatividade física.
  • Às vezes torna-se agressivo, destrói objetos, ataca e fere pessoas aparentemente sem motivo.
  • Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou ficar balançando-se.
  • Apresenta comportamento indiferente e arredio.
  • Cheira ou lambe os brinquedos.
  • Não sabe lidar com a ansiedade.
  • Problemas para fazer a transição de uma atividade para outra.
  • Dificuldades em prever as consequências de usas ações.
  • Prejuízos na interação social, preferem atividades mais solitárias.
  • Prejuízos na comunicação, podendo existir atraso ou mesmo ausência de linguagem. Pode haver, também, ecolalia e usa de linguagem estereotipada.
  • Dificuldades em compreender expressões faciais de sentimentos e afetos.
  • Dificuldades em interpretar e entender as intenções dos outros.
  • Preferem os objetos e animais às pessoas.
  • Apresentam risos inadequados ou fora de contexto.
  • Em alguns casos os pais percebem com 1 ano de idade, que coleguinhas, já articulam as primeiras palavras, e seu filho nem parece ouvir quando são chamados.
  • Algumas crianças emitem palavras sem a intenção de se comunicar, como por exemplo repetir diálogos de filmes.
  • Não possui a habilidade de colocar-se no lugar do outro.
  • Podem andar na ponta dos pés.
  • Aversão a barulhos altos.
  • Dificuldades em manter a atenção por longos períodos.
  • Instabilidade de humor.
  • Preferencia por brincadeiras relacionadas a enfileirar ou empilhar coisas.
·       Dificuldades na coordenação motora fina.
  • Crianças que apresentam problemas mais graves, se  encontram, na grande maioria do tempo, sozinhas e isoladas, balançando-se e podem balbuciar de maneira estereotipada durante longos períodos de tempo.
Crianças que são, muitas vezes, descritas e até confundidas como quietas, estranhas, esquisitas e/ou nerds, são crianças que transitam entre as pessoas, mas encontram dificuldades em interagir socialmente, não conseguindo estreitar os relacionamento.
O contato social é sempre prejudicado. Não necessariamente porque estão desinteressados, mas porque não sabem e não aprenderam a arte de interagir e manter vínculos.
.
  O que nos pediria uma criança com autismo:
  • Ajude-me a me entender!
  • Organize meu mundo!
  • Não se angustie comigo!
  • Respeite meu ritmo!
  • Procure entender o meu modo especial de ver o mundo e entender a realidade a minha volta!
  • Não fale muito!
  • Não fale rápido!
  • O que eu faço não é contra você.
  • Meu desenvolvimento não é absurdo, embora não seja fácil de entender, tem sua própria lógica, meus comportamentos são formas de enfrentar o mundo. Faça um esforço para me entender!
  • As outras pessoas são muito complicadas!!
  • Não me peça sempre as mesmas coisas, nem exija de mim a mesma rotina. Você não tem que se fazer de autista para me ajudar. O autista sou eu, não você!
  • Eu não sou apenas autista, sou criança também, gosto de brincar, de me divertir, amo meus pais e as pessoas próximas!
  • Vale a pena estar comigo!
  • Nem meus pais nem eu temos a culpa do que acontece comigo. Às vezes minhas ações e comportamentos são difíceis de entender ou lidar, mas não é culpa de ninguém!
  • Dê-me ajuda para ser mais autônomo!
  • Não me ajude demais!!
  • Aceite-me como eu sou. Minha situação costuma melhorar, mas por enquanto não tem cura !!!
  
Orientações para o ensino-aprendizagem:
  • Manter o relatório individual atualizado.
  • Utilizar-se das coordenações semanais para compartilhar estratégias.
  • Utilizar-se de jogos, quando necessário.
  • Proporcionar momentos de tranquilidade, quando necessário (caminhar no pátio, lavar o rosto, ler um livro na biblioteca).
  • Seja o mais positivo possível evitando frases negativas.
  • Empregar uma fala mais simples, clara e concisa possível.
  • Identificar sentimentos.
  • Evitar repreensões e ameaças
  • Estimular interesses e talentos especiais.
  • Aproveitar a afeição aos objetos
  • Estimular a autonomia.
  • O vínculo afetivo e significação do professor para o aluno será o 1º passo.
  • Conhecer as vivências e expressões do aluno.
  • Organização e persistência – planejar as ações, persistir e buscar pequenas vitórias.
  • Sensibilidade no olhar, no sentir e no reconhecer, no outro, suas diferenças, preservando suas infinitas possibilidades de crescimento e desenvolvimento
  • É importante demonstrar clareza no estabelecimento de regras e de condutas compartilhadas na turma.
  • A estruturação da rotina escolar tem com intuito diminuir os possíveis níveis de angustia, ansiedade, frustração, frente a situações desconhecidas ou inesperadas, favorecendo que o aluno situe-se no tempo e no espaço.
  • Evite surpresa!
  • Exercícios longos podem precisar de redução, optar por enunciados curtos e diretos
  • Oferecer perguntas que orientem o raciocínio para a produção de um texto ou para a realização de exercícios.
  • Fazer demonstrações.
  • Utilizar figuras de apoio que auxiliem na associação de ideias ou a transposição de conceitos para os mais variados contextos.
  • Oferecer técnicas de estudo e deixá-lo utilizar roteiros e/ou “dicas”.
  • Usar caixa de fichas para consulta.
  • Utilizar do gosto e predileções em certos assuntos para desenvolver um vínculo com a criança e apresentar ampliações temáticas.
  • O professor tem o papel de mediador das relações e da construção de conhecimento.
  • Para que ocorra a modificação de comportamento é necessário que haja intervenção e alteração no ambiente e que o indivíduo está inserido.
  • Reforce o comportamento adequado imediatamente depois do comportamento desejado.
  • Evitar que o ambiente promova o comportamento inadequado.
  • Reforço positivo: “muito bem, parabéns, viva, que lindo, uau, bom trabalho, sorrir, aplauso, adesivos, piscadelas, dar atenção.
  • Reforço utilizando atividades: quebra-cabeça, jogos de memória, massinha, pintar, jogos de tabuleiro, brincar de esconde esconde, pega-pega, dançar, fazer bolhas de sabão, caminhar.
  • Reforço com uso de brindes: figurinhas, carrinhos, balões, livros, adesivos, massinha e brinquedos.
  • Reforço com uso de contato físico: abraçar, fazer cócegas, bater as mãos.
  • Escolha o comportamento que deseja recorçar. Reforce algo específico. Deixe claro o comportamento que você estiver reforçando, com isso irá ajudar a criança a entender por que ela está ganhando um elogio.
  • O reforço positivo dever ser utilizado imediatamente após o comportamento ocorrer.
  • Fique atento para saber quais são os reforçadores mais adequados e preferidos pela criança.
  • A voz deve ser consistente com a mensagem. Varie as frases, o tom de voz e os reforçadores.
  • Não é necessário esperar que a criança faça algo grande; observe-a emitindo comportamentos adequados e reforce também positivamente esses comportamentos
 
Diagnóstico:
       Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo. Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças autistas. Quando bebê mostra-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção por longos períodos em determinados itens. Outras crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para mais tarde tornar-se isolado a tudo e a todos. Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente através de entrevista e histórico do paciente. No entanto, tem famílias que levam anos para perceber algo anormal na criança, causando atraso para o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.

 
Tratamento
       O tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar:
  • Tratamento médico - formado por pediatra, neurologista, psiquiatra e dentista.
  • Tratamento não-médico - formado por psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e orientador familiar.
        Contudo, a família é a base do tratamento com envolvimento total, devem procurar uma fonte de apoio que pode ser um terapeuta, um amigo, uma religião e lembrar-se sempre que o autismo é para sempre, mas não é uma sentença de morte e todos os familiares devem procurar se informar ao máximo sobre o autismo, para poder auxiliar no tratamento.
        Os medicamentos continuam sendo componentes importante para o tratamento, porém nem todos os pacientes deverão utilizá-lo.
        O sucesso do tratamento depende exclusivamente da dedicação e da qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento, bem como a dedicação e empenho dos familiares.
 
                                                                                                                                                          Márcia Alves
 

 
Referências:
  • MELLO, A. M. S. R, Autismo: Guia prático, 3ª Edição, São Paulo: AMA; Brasília: CORDE, 2004, 93p.
  • CAVALCANTE, A. E. C., ROCHA, P. S; Autismo, 2ª Edição, São Paulo – Casa do Psicólogo, 2002, 150p.
  • AUTISMO disponível em <http://www.autismo.com.br> Acesso em 04/10/2005..
  • Manual Diagnóstico e Estatistico de transtornos Mentais – DSM-5 – [American Psychiatric Association; Tradução Maria Ines Correia Nascimento ... et all ]; revisão técnica.
  • GOMEZ, Ana Maria. TERAN,Nora. Transtornos de Aprendizagem e Autismo. Manual de Orientação para Pais e Professores. Tradução Adriana Navarro. Grupocultural, 2014.

 
 
 
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