“Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais...” (ALVES, 2000 p.5)
Ser professor é muito mais do que esta palavra pode significar... é viver e fazer viver! É uma imensidão de sentimentos e de conhecimentos entrelaçados pelas ações e palavras que permeiam a rotina de um espaço privilegiado, em que todos são protagonistas das mais belas descobertas. Conduzir os educandos e ser conduzido por eles, na prática por pouco tempo, na vida para sempre... Quem não é capaz de se recordar de um professor ou de um colega de sala? Quando Alves diz que ensinar é um exercício de imortalidade, compreendemos que por ensino é tudo que move a vida, tanto particular como coletiva. Desde os primórdios o homem encontra uma forma de passar aos mais novos seu conhecimento e assim, a sociedade se estruturou até chegarmos aos dias de hoje, a globalização. Aqueles que não mais se encontram por aqui, deixaram lembranças que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar. A maneira de ensinar mudou, mas o ensinamento permaneceu, mais ativo, mais criativo, mais curioso. Nem mesmo uma ditadura foi capaz de estagnar a forma como os mestres reinventaram o ensinar, pois deixou de ser o dono do mundo para compartilhar seu conhecimento e descobertas com seus alunos. Vale dizer, que na atual conjuntura da globalização, as crianças também tem conhecimento a compartilhar. E assim o ensino se imortalizou, nessa dialética de passado e presente, de aluno professor, de escola e família, continua a se reinventar a cada dia, a cada estratégia utilizada, mesmo sem o apoio daqueles que deveriam cuidar para que tudo desse certo, mesmo sem o apoio daqueles que não acreditam na magia da interação e da palavra, o professor não desistiu e jamais irá desistir. Porque sabemos que as nossas atitudes serão eternizadas em nossos alunos e que cada vez mais assumimos um lugar especial na vida das crianças, que mesmo sem falar, a simples presença, o simples olhar ou um abraço, é capaz de mudar uma vida inteira. Por isso e por muitas outras questões não elencadas na citação de Alves, o professor não morre jamais, e, há de chegar o dia, em que as crianças farão a diferença no mundo e assim, as futuras gerações irão finalmente compreender e valorizar aquilo que realmente importa. Márcia Alves
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